segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

és a nostalgia que quase me mata.

não é obrigação é tradição
é o habito, é o costume
é a força que me transmites
é o teu calor, o teu perfume
é toda a energia que me dás
é o teu olhar que me enaltece
és o calor que me mantém vivo
quando todo este mundo me arrefece

sei que é clichê, mas o que sinto é o que sou
não menos que ninguém nem mais que aquilo que dou
e se sou o que mereces faço assim por sê-lo
com o teu coração nas mãos, esforço-me para assim tê-lo

quero fazer bem por ti, pois sinto e sei que é certo
para ti estou aberto, e pode até ser incorrecto
mas não me influencio pelo que os outros têm de concreto
é timidez, é falta de palavras, é esforçar-me para ser directo

ainda não te conheci mas sinto que já sou completamente teu
sei que devo de pensar assim, e sei bem o que me deu
pois não quero mais pensar em contradições
nem quero fazer planos de um futuro imerso de ilusões

vivo o meu presente, pois nele és a minha constante
apesar de estarmos tão perto sinto-te tão distante
mas não tenhas medo, pois o nosso passado a dois já morreu
e todos os maus momentos são lições de quem não esqueceu

não sei o que queres mas sei bem aquilo que ambicionas
procuras bem estar e amor em todos os sítios, todas as zonas
não te retraias de ti nem te escondas na tua timidez
leva-te por quem te ama, e não te encarceres de porquês

terça-feira, 28 de setembro de 2010

cada dia em cada hora

cada hora de cada dia
e cada dia em cada hora
eu espero aqui, morto
enquanto vivo a tua demora

minutos não param
toda a vida corre
a solidão abranda
a esperança morre

as paredes engolem-me
a vida cospe-me no chão
o calor congela-me
o meu tempo é em vão

caminho muito longe
para tão perto do que sou
revejo tudo aquilo
em que o rancor me tornou

solto-me no horizonte
onde só tu me consegues ver
desapareço dentro de ti
para nunca mais te ter

de joelhos suplico
para saber onde estou
e este caminho que me escolheste
é para onde mais ninguém viajou

sábado, 25 de setembro de 2010

Sonhos

sonhos enormes interiorizados
em criaturas inferiores
mostram o quão fracas
são nos seus interiores

sonhos seguram-nos forte
a quem sonhamos ter
lado a lado com quem
para sempre possamos viver

sonhos tornam-se realidade
quando a fantasia já não fala
e a voz da força de vontade
é aquela que nunca se cala

sonhos fazem-nos voar alto
até onde nunca fomos
e se acreditámos neles
é porque hoje somos o que somos

sonhos juntam-se e misturam-se
e apagam qualquer dor
e se eu e tu sonhamos
é porque é puro amor.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

sou todo o vazio do meu todo que te quero dar

é verdade que caminhamos lado a lado,
de mãos dadas ao destino que nos escolheu.

é verdade que tudo aquilo que me deste,
foi mais que alguma vez alguem me deu.

é verdade que fui o que sempre quiseste,
foste tu que não escolhi mas que me aconteceu.

é verdade que fui tudo o que não viste em mim,
mas juro-te que apesar de tudo sempre fui eu.

Por onde fomos nós?
até onde fomos nós mesmos?
eu queria ser tudo aquilo
que nunca tivemos.

sou todo o vazio,
do meu todo que te quero dar.
enches-me de tudo aquilo,
que nunca poderia esperar.

dói-me ao ver o que a minha vida te mudou,
sou a tua mágoa, e tu ainda a minha esperança.

olhas-me nos olhos e vês que tudo se apagou,
e o que ainda vive em mim é somente a lembrança.

onde estive eu quando precisaste mais de mim?
o que foi feito de ti quando não te esperei?

quanto mais distante me vejo de ti,
mais quero ter o que nunca desejei.


Por onde fomos nós?
até onde fomos nós mesmos?
eu queria ser tudo aquilo,
que nunca tivemos.

sou todo o vazio,
do meu todo que te quero dar.
és mais que tudo aquilo
que nunca poderia esperar.

quando podemos viver e dizer que nos temos?
quando podemos existir e ver o que seremos?
quando podemos ter tudo aquilo que queremos?
quando podemos viver tudo o que não vivemos?


Por onde fomos nós?
até onde fomos nós mesmos?
eu queria ser tudo aquilo,
que nunca tivemos.

sou todo o vazio,
do meu todo que te quero dar.
és mais que tudo aquilo
que nunca poderia esperar.

you want to see me drop dead

everytime you close your eyes
you'll see me fading
see me burning
through the flames of our deception

you've got money on your pocket
and shame on yourself
you've got your love in a casket
and your pride in a shelf

you've called us lovers
i've called us sinners
our game was already lost
but we hoped to be winners


my scorched skin tells
more about us than
all the time we spent together

i've already knew from the start
that we were finished
when you said it was forever

you want to see me drop dead
right on your knees
you want me to swallow my pride
and to feel sorry for my deeds


uncover me and see what you've done
hold me strong, kiss me one last time
my fake smile tells that your time has come
what a dried heart, such a perfect crime

throw your hopes to the sky
let your dreams go by
watch yourself at the mirror
and kiss your filthy ass goodbye

domingo, 23 de maio de 2010

Eu seguro-te

sou um mal interpretado,
ou és tu que me interpretas mal?
se tudo está bem para nós,
onde está o nosso bem afinal?

se vou até onde nunca fui,
porque ainda não foste comigo?
e se tento mostrar o que sou,
porque é que só te preocupas contigo?

se te cansas-te de ser a mesma,
então onde é que te deixaste?
posso passar horas à tua procura,
mas será que já te encontraste?

se todos não te veem como és,
porque pensas que eu sou igual?
eu posso não ser o que sonhaste
mas vejo-te como és, tal e qual.

se é contraditório o que te digo,
porque não te esclareces?
por mais que tente ser o teu brilho,
és só tu que me escureces.

se eles não são a tua prisão,
porque ainda não te soltaste?
se é esse caminho que te prende
eu mostro-te uma estrada que nunca caminhaste.

se não tens forças para andar,
eu carrego-te nesta viagem comprida.
se tens medo de cair por mim,
eu irei-te segurar com toda a minha vida.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

és tu.

és tu que me ignoras, mas não sabes quem eu sou
és tu que me vês a passar, e não sabes para onde vou
és tu que vives retraída, pelo que já te disseram
és tu que te fechas, pois tens medo do que te fizeram


és tu que me negas, por eu te querer aceitar
és tu que me fascinas, pela tua maneira de pensar
és tu que não me dás hipóteses, mas sei que sofres
és tu que me paras, porque para longe de mim corres

és tu que me tentas, mas nunca me deixaste tentar
és tu que te restringes, por eu te querer apaziguar
és tu que te destacas, porque te estás sempre a esconder
és tu que me desprezas, por não quereres compreender

és tu que não queres ver, aquilo que te quero mostrar
és tu que não tens culpa, pelo que te fizeram passar
és tu que que brilhas, quando me queres escurecer
és tu que não partilhas, da mesma maneira de eu te ver

és tu que pensas, que sou igual a todos os que ja viste
és tu que me afrontas, porque ainda não me sentiste
és tu que eu ainda espero, mas duvido que chegues a vir
és tu que choras, quando não viste como te posso fazer rir.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Hoje somos um.

acaricia a minha imaginação,
torna ténue esse teu olhar de malvadez.
sente com sinceridade o amanhã,
que hoje nos privaram por sermos tão ontem.

torna-te musa de tudo o que me envolve,
volve e dissolve-te em tudo o que já fui,
mostra-me que é este o meu caminho.
caminha-o a passos ligeiros,
como se nunca quisesses esperar por mim.

pára diante de tudo o que já fomos,
e grita até onde vires que seremos.
ultrapassa o que nos retrai,
e juntos nunca, mas nunca cairemos.

não temas aquilo que já passaste,
porque feridas abertas são novos caminhos.
novos rumos que se fecham com a memória,
e a solidão não recorda grandes momentos

pensa e age em prol do quão especial és,
e do quão capaz és de mostrar que reinas,
e lideras diante de toda esta horda de indignação.
de vergonha, timidez e embaraço,
e verás que eu sou apenas teu súbdito.

adormece com as minhas promessas,
acorda e pede por mais de mim.
eu dar-te-ei tudo até ao meu último fôlego
porque é nele que és, e eu sou assim.

vem junto a mim, caminha lado a lado comigo,
por este caminho que ninguém conhece e sabe,
ou que já muitos o esqueceram, e ultrapassaram-no,
e verás que é este o verdadeiro túnel que a vida nos abre.