domingo, 15 de maio de 2011

O livro que não se esfolha.

se não for amor,
chama-lhe vício.
sentimento propício,
a não saber o seu início.

sou mar que só mexe,
contigo, meu vento.
confisco o teu tempo,
e roubo-o sem desalento.

a paciência é eufórica,
na minha noite és sol posto.
apago o teu gosto,
e pinto-o no meu rosto.


és água quem querem tocar,
mas nunca ninguém se molha.
és interdita a quem te olha,
como um livro que não se esfolha.

domingo, 1 de maio de 2011

Rapariga

rapariga, nao te rebaixes,
nao sabes onde vais parar.
não mostres quem tu és,
ao primeiro que se chegar.
não te dês nem te ofereças,
porque já te sei de cor.
e se sei o que virás a ser,
só nao te digo, porque é melhor.


trazes o mundo contigo,
e não o suportas na tua mão.
deixa-lo cair,
e seguras-te ao que te dão.
se te afundas é porque te mexes,
se páras é porque morres.
sustenta o teu fôlego ,
porque não sabes para onde corres.