terça-feira, 30 de dezembro de 2008

...sem Sentido no que Sinto, muito menos Se Sinto o que já Senti.

Fui uma vez, até fui duas, agora já não o sou mais.
Talvez o volte a ser. Para ti? Não!
Tudo para mim, sou egoísta demais, quero tudo e tudo mais.
E mesmo que te tenha e que tu me queiras ter, eu serei só meu,
e o meu egoísmo fará com que sejas só minha.
Que queres agora? Liberdade? Nunca!
Perdeste-la à muito tempo atrás, foi ontem.
Passou rápido? Foi hoje.
Mas amanhã não será assim, porque já passou.
Perdeste-o como o nosso comboio de à bocado,
mas nem fazias ideia onde era o apeadeiro.
Tenho sentido no que escrevo? Claro que não!
Nem tenho sentido no que sinto, muito menos se sinto
o que já senti.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Foste, mas já não és!

não tirarei tamanha recompensa a quem outrora me tinha despojado de ti
nem travarei uma batalha contra mim mesmo , haverá alguém que o faça
não te privarei de leres o meu livro de tuas histórias que em mim escrevi
nem conseguirei ir contra sentimentalistas paralelos se te tornares na minha caça

foste a recompensa que um outro alguém em mim conquistou sem sequer saber
és a perda de algo que só se sente quando já não se torna palpável à alma
foste a barreira que construí para que contra e tudo e todos me pudesse defender
és a revolta tempestuosa que habita em mim quando a monotonia não se acalma

desrespeito qualquer paradigma da literatura porque para mim já não és nem poesia
és apenas uma página em branco no meu manual de instruções que nada me arrepia
quem a souber ler saberá ver que estou desactualizado do teu vil e trapaceiro jogar
és unicamente um livro que li e voltei a ler, está agora na hora de te arquivar.