terça-feira, 28 de setembro de 2010

cada dia em cada hora

cada hora de cada dia
e cada dia em cada hora
eu espero aqui, morto
enquanto vivo a tua demora

minutos não param
toda a vida corre
a solidão abranda
a esperança morre

as paredes engolem-me
a vida cospe-me no chão
o calor congela-me
o meu tempo é em vão

caminho muito longe
para tão perto do que sou
revejo tudo aquilo
em que o rancor me tornou

solto-me no horizonte
onde só tu me consegues ver
desapareço dentro de ti
para nunca mais te ter

de joelhos suplico
para saber onde estou
e este caminho que me escolheste
é para onde mais ninguém viajou

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