domingo, 23 de maio de 2010

Eu seguro-te

sou um mal interpretado,
ou és tu que me interpretas mal?
se tudo está bem para nós,
onde está o nosso bem afinal?

se vou até onde nunca fui,
porque ainda não foste comigo?
e se tento mostrar o que sou,
porque é que só te preocupas contigo?

se te cansas-te de ser a mesma,
então onde é que te deixaste?
posso passar horas à tua procura,
mas será que já te encontraste?

se todos não te veem como és,
porque pensas que eu sou igual?
eu posso não ser o que sonhaste
mas vejo-te como és, tal e qual.

se é contraditório o que te digo,
porque não te esclareces?
por mais que tente ser o teu brilho,
és só tu que me escureces.

se eles não são a tua prisão,
porque ainda não te soltaste?
se é esse caminho que te prende
eu mostro-te uma estrada que nunca caminhaste.

se não tens forças para andar,
eu carrego-te nesta viagem comprida.
se tens medo de cair por mim,
eu irei-te segurar com toda a minha vida.

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