sexta-feira, 20 de março de 2009

Relatos de um sobrevivente de mim mesmo - O obscuro

Anda e vem-te a mim,
o que te inquieta?
É a minha presença?
Ou a minha língua afiada e recta?

Junta-te, ao meu aconchego
e sente-me espetar-te
Não mudes por mim,
quero tanto esvair-te

Respira-me e obtens-me,
mas antes aprende a me ter
Mantém-te firme,
estou prestes a meter

Grita, assim eu quero,
a tua dor, o teu sangue a fervilhar

Pela tua agonia eu desespero,
como o gosto pelo jeito de te chacinar


( no limiar da tua dor, eu me ergo e findo a tua agonia )




Porque corres tanto se esta sala tem as tuas paredes?
Porque foges de mim se o mundo é todo teu?
Porque te aqueces do calor que já não é o meu?
Porque me trancas em ti se já matei as tuas sedes?

Respondes-te às perguntas que outrora tinham questionado as decisões da tua vida.

o teu sangue é somente meu!!!

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