sábado, 7 de março de 2009

A névoa esconde o teu rosto, mas não os teus pecados.

Corrompe o que por ti tenho, e deixarei de te sentir
desmembra o nosso manequim lustrado de afeições
enquanto luto contra todas as minhas contradições,
e não será outrem que as nossas regras te vai incutir

estamos tão incumbidos e presos neste casulo implacável
sou o ramo desta árvore, tu és a seiva, és o meu sangrar
mas sou forte, sou irresistível, sou o teu pecado, sou inabalável
és a sensação intrépida que nas minhas veias continua a laminar

traz-me as tuas tropas, dou-te as boas vindas ao armageddon
imponho-me a ti desta feita, sou o teu rei e estou a convalescer
jogas em casa, mas eu tenho a planta do teu jardim de Éden
perante mim é fulminante o teu latejar , adoro entorpece-lo



eu já te possuía muito antes de tu te possuíres...

9 comentários:

  1. Mais uma vez obrigada!

    Em que te inspiras?
    Gostei imenso. Gostei especialmente da ultima frase "eu já te possuía muito antes de tu te possuíres... ", tens uma maneira diferente de ver as situações, não desgosto.
    Escreves de uma maneira diferente, vais descobrindo o véu aos poucos.
    Sentimento abrasador.

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  2. Obrigado pela inesperavel visita e simpático comentário.

    A tua maneira de ver as coisas encantame. Gosto, gosto muito até.
    "Corrompe o que por ti tenho, e deixarei de te sentir..." Fantástico!

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  3. Hum... Um pouco confuso sim. Mas não deixei de te perceber.
    Encanta-me essa maneira de descrever esse sentimento que muita gente diz possuir, usa e abusa e que por vezes dão-lhe o significado que vem nos filmes... Não é assim...
    A tua escrita, demonstra-o... Nota-se que é um sentimento explorado.
    E até que bem explorado, pelo que vejo.
    Eu é que agradeço, Luís.

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  4. Uhau...
    Agora é que eu fiquei sem saber o que dizer...
    =)

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  5. Quem me dera ter um alma tão pura como a tua, tão completa e criativa...
    Quase tudo o que escrevo prendesse ao mesmo, geralmente à falta dele.

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  6. Ditar as minhas próprias regras?! sim... nada mau pensado. Mas se ainda não percebeste ao ler todos os meus textos, eu sou demasiado fraca. Não aguento tantas coisas, tropeço cada vez que elas se chegam perto de mim. Sou fraca, mas ditar as minhas próprias regras não será nada mau pensado... Obrigado.

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  7. Obrigado!! =)
    Fico contente por teres gostado...
    São muitos sentimentos à mistura mas não são sentimentos confusos.
    Até pelo contrario, penso que estejam bem difinidos.
    Mais uma vez Obrigado =)

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  8. Não sei. Fracasso em quase tudo o que faço. Poucas são as coisas que faço bem e que são reconhecidas por isso... Posso tentar, mas não garanto uma conclusão positiva. Obrigado, desconhecido dos textos maravilhosos.

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  9. Obrigado, fizes-te-me sorri agora. Fizes-te-me ver algo que já não via à muito! Obrigado, obrigado obrigado obrigado.

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